Acho eu, no meu poço imenso dos infinitos achismos, que alguém deve se perguntar porque ainda mantenho contato com pessoas onde antes me desentendi, discordei, briguei, me estressei...
Gozado que ninguém se pergunta:
- por que eu gosto de ajudar pessoas a escrever
- por que estou sempre incentivando elas em seus blogs
- por que estou ajudando até a publicar na Amazon, passando a leitura delas, algumas vezes, na frente de tantas outras porque sei que o feedback para quem está começando é importantíssimo
- por que sou sempre sincero com elas, motivando-as em suas qualidades, quando seria bem mais vantajoso para mim não ser tão sincero e entrar na insegurança delas
Aí algumas dessas pessoas são tão FDP que fazem certas coisas, como abrir um blog secreto, por exemplo, e acham mesmo que eu não iria saber. Se estou puto? Não. Na verdade é libertador para mim.
Esses com quem brigo e volto a conversar nunca me pediram nada, nunca colocaram expectativas de que eu poderia fazer isto ou aquilo em benefício a eles. Conversamos de livre e espontânea vontade, cada qual no seu mundo, na maior naturalidade.
Já os aparentes "miguxos" "maravilindos" me cansam. Por que têm suas expectativas, porque querem que eu as atenda, porque não conseguem trabalhar com a frustração, com a diferença no modo de ser.
Uma vez neguei um encontro pessoal a uma dessas pessoas maravilindas. A mudança drástica na consideração foi visível. E daí, eu que não me importei com seus defeitos, que fui um ombro amigo, leitor, apoiador, aconselhador, fã, fui cancelado porque ela não entendeu que não gosto dessa coisa de ficar de chamego, de miguinho pra lá e pra cá em shopping. Vou em shopping sozinho. Se eu quisesse companhia, teria meu companheiro, meus familiares que às vezes imploram para eu me divertir com eles e não vou. Mas eu TINHA QUE ir satisfazer a curiosidade da bonita em querer me ver de perto. Foi um golpe mortal eu ter me negado a tal.
Outra pessoa quis me colocar no zap, não sei pra quê. Como normalmente me dou bem com quem adiciono no zap, não neguei. O resultado foi que tive que nutrir as expectativas da bonita. A partir do momento em que ela viu que não temos muito em comum, virou um fantasma. Desculpa! Eu não sabia que tinha de fazer minhas malas e ir voando passar uns dias no seu lar no quarto andar sem elevador. Meu joelho que se foda, o que importa é eu corresponder às suas expectativas.
Parece que estou com raiva, mas não estou. Como disse antes, é libertador.
Cada um na sua. Ninguém é obrigado a nada. Antes de se perguntarem o porque de algo meu que não entendem, veja seu extrato bancário e certifique-se de que isso não é da sua conta.
E você que acha que eu mudei e estou distante, saiba que eu sei de tudo, eu sempre soube. Não existe segredo quando você mesmo assume contar algo para alguém que pode levar para outra pessoa. Eu sempre soube e fiquei esperando caladinho você vir falar comigo o que contaram pra você, que eu falei. Você não veio, né? Eu simplesmente não ligo. Não nego, não ligo, não tô nem aí para quem recebe uma conversa e prefere pensar o que quiser. Eu nunca disse que sou santo. Mas veja bem quem lhe estendeu a mão, quem deu muito do precioso tempo pra você, de coração, porque gostou do que você produziu.
Eu acho libertador, pois eu realmente não sou flor que se cheire. Não quero atender às expectativas de ninguém, não quero ser responsável pela psiquê emotiva de ninguém, não quero ser o bonzinho, o cara legal, aquele em quem se confia. Essas coisas a gente vive com quem a gente convive fora da Internet. Se você não tem consciência disso, o problema é todinho seu.
E aí, já conferiu o seu extrato? Eu já vi o meu. E nada sobre você é da minha conta.
Sigamos em paz, cada qual com seus delírios, defeitos e doiduras.
Sem julgamentos, apenas observações.
Viver é um eterno aprendizado.
Eu já criei uns cinco blogs temáticos, mas acabei com todos, por serem apenas filhos ou reproduções das publicações vinculadas a cada um dos marcadores (que eu chamava de seções) do Blogson. Depois disso, em uma das tentativas de acabar com o Blogson Crusoe, criei um substituto a que dei o nome de Linguiça no Fumeiro. Mas o Blogson não me largava, estava sempre me seduzindo. Por isso, acabei também com o Linguiça. Hoje mantenho o “imorrível” blog da solidão ampliada e mais um, dedicado a publicar as gracinhas das netas contadas por seus pais. Tentei bloquear o acesso de pessoas fora do âmbito familiar a esse bloguinho, mas sou um troglodita e creio não ter conseguido. Duvido que seu texto esteja se referindo a mim, mas esta é a história do segundo blog (que está sendo cada vez menos alimentado, pois as netas estão crescendo e cada vez mais dizendo menos as tchutchuquices inesperadas que diziam quando eram menores.
ResponderExcluirEm nenhum momento me referi à sua pessoa aqui no blog. E gostaria de ressaltar que não coloquei esta postagem por mágoa, nem por irritação, nem por raiva, nem por nada. Eu só quis falar sobre isso porque sou um ser humano, tenho sentimentos, mas estou bem e não sinto raiva de ninguém. Cada um deve ficar no seu espaço, e isso é ótimo. Se alguém tá com raivinha de mim, não posso fazer nada. Nem lamentar eu lamento, pois não sou responsável por nenhum deles.
ExcluirOlha, não entendi bem se é desabafo, indireta, direta ou abafa-o-caso. Então tá.
ResponderExcluirAcho que quem leu e entendeu e vestiu a carapuça, informado está...rss
Sim, Eduardo. Entendedores entenderão. Relaxa, meu caro! Obrigado pela visita.
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