sábado, 31 de agosto de 2024

TRÊS EBOOKS DE JOTABÊ DE GRAÇA NA AMAZON

Jotabê, escritor do Blogson Cruzoe - o blog da solidão renovada, está com seus três ebooks gratuitos na Amazon. São eles:




Se você prestar atenção nas capas, cada uma delas indica o teor do conteúdo, o que achei muito inteligente da parte dele, pois parece algo básico, só que não é qualquer um que consegue fazer isso - não em capas tão legais de um jeito tão simples e ao mesmo tempo bem-sucedido. Costumo artribuir isso dizendo que é a genialidade da simplicidade. Igual aos quadrinhos do Recruta Zero - a fase mais conhecida é aquela onde os personagens possuem traços retos e minimalistas, mas o teor das historinhas é tão genial que você percebe que não poderia ser de outra maneira. E de simples é só a impressão, pois é difícil pra caramba desenhar aquele povo do Quartel Swampy. O traço nunca fica igual.

Voltando ao foco, o ebooks do Jotabê são um compilado de suas melhores postagens. Ideal para quem caiu de paraquedas no blog dele há pouco tempo e diz: "não sou arqueólogo, pra ficar escavando em busca de postagens fósseis aqui". Jotabê transita entre causos, crônicas e textos poéticos. Leituras que não precisam ser lidas com aquele compromisso de não pular uma página porque senão vai perder algum detalhe muito importante da história. Você pode ler na ordem ou salteado. É claro que existem postagens que se conversam, se lidas na ordem. Dá para entender melhor sobre o conteúdo bolado pelo escritor. Se fosse físico, seriam livros de cabeceira dispostos a lhe oferecer aquela leitura prazerosa antes de Morfeu adentrar o quarto e vir lhe abraçar. 

Os ebooks estão disponíveis gratuitamente de 31 de Agosto a 4 de Setembro. Depois custarão o preço extorsivo e absurdo de R$ 1,99, e assinantes do Kindle Unlimited leem todos de graça, sempre.

Colocarei o link de um por um abaixo. 

Para você que também é autor na Amazon e procura links curtos para divulgar seu ebook colocado lá, eis a dica: 

- escreva sempre a extensão "https://www.amazon.com,br/dp/". O que é esse "dp"? Eu sei lá. O que me vem à mente é "dupla penetração", mas pode ser uma abreviatura de "depois". 

- depois de "dp/", coloque o código ASIN do seu ebook e pronto. 

Veja coomo fiz nos links dos livros do Jotabê. Aproveite e pegue os ebooks.

https://www.amazon.com,br/dp/B0BZD9C63S/

https://www.amazon.com.br/dp/B0C1FKD6RS/

https://www.amazon.com/dp/B0C6HGVRF4/ 

Cristo, É isto...

Cristo, 

É isto

O que tenho

Para minha vida.


Pouco posso compreender.

É nessas horas

Que me lembro 

De você.

 

Que veio pregar o amor,

O entendimento, 

A paz, a tolerância.

E recebeu a dura pena

Da morte com muita dor.


Verdadeiro horror


Cristo,

O único.

Nada se compara a você. 

Ajuda-me naqueles momentos

Que não consigo compreender.


Traga-me o descanso,

O acalanto, 

Quando eu precisar.


Quero me desestressar.

A minha alma quer descanso.

Quer se tranquilizar.


sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Tio Dudu, corre aqui!

Esta é uma postagem mimizenta, é para ser levada na zoeira.

Tio Dudu, estou compartilhando minha janta de hoje. 

Arroz, feijão,  a frigideira será para os omeletes. Salada de alface com tomate e rabanete. Aquilo na vasilha são alguns adereços que irá na omelete, em geral são temperos. 


Esta é uma comida rotineira pra gente. Podemos ser pobres, mas comemos bem. Há frutas na geladeira, maçã, banana, mamão. 

Tio Dudu, está tudo bem. Se o senhor quiser me dar uma linguiça,  fica bom também.  

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

DESVICIAÇÃO - parte 2

Na postagem anterior sobre este assunto, falei do meu hábito (ou vício) de andar muito, o que me faz ter receio de estar provocando um desgaste em meu joelho. Ao fim da postagem, deixei claro que o processo da desviciação não parava aí. Agora vou explicar o que mais faz parte dele. Vamos lá!

Parar de andar os longevos quilômetros me deu cerca de seis quilos a mais. Dos 99 a 100kg, saltei para 105kg - e se eu não tomar cuidado, aumento mais, vez que sou bom de garfo. Não como muito durante o dia. Meu café da manhã consiste em café com leite desnatado, cafezinho preto e dois pães franceses com pouca margarina. 

E pensar que sempre torci o nariz para o leite desnatado. Hoje não consigo tomar o integral.

Geralmente não almoço, pois tomo esse café em horário de almoço. Minha caminhada é por volta das quatro da tarde. Ela não é diária, ocorre de duas, no máximo três vezes na semana. Já foi mais frequente no passado, mas é melhor como está. 

Como deixei claro na postagem anterior, descanso em um shopping e volto para casa de ônibus, não mais a pé. Quando estou no shopping, por volta das 17h30 ou 18h, adquiri o péssimo hábito de comer algo em uma rede de salgaderia onde o povo faz até fila.  

Normalmente escolho dois salgados. Não preciso de mais que isso. Não bebo líquido, pois compro o segundo salgado com o dinheiro do líquido. Carrego sempre uma garrafinha de água. 

Esse hábito é que pretendo me desviciar. Às vezes eu os troco por um sorvete barato do Méqui, às vezes por amendoins das lojas americanas, e há ocasiões em que não saboreio simplesmente nada, apenas minha água - mas essas ocasiões têm sido poucas, quase raras.

Vou ter que me desviciar desses salgados. Verei qual será o impacto. Antes, eu nem me importava em engordar por causa deles, pois eram surreais de tão gostosos, mas passou um tempo e hoje não os considero mais aquela coisa toda. Não sei se me acostumei ou se percebi tarde a perda da qualidade. Antes, parecia que foram feitos por anjos. Agora percebo uma massa comum, sem nada demais, e muitas vezes me passam os mais morenos ou os que não deram tanto certo. Aqueles sachezinhos de maionese e catchup, quando me dão, muitos não abrem. Se a gente vai reclamar, pedir para trocar alguma coisa, as mulheres ficam com cara feia e conversam umas com as outras na base da indireta. É foda... 

Já pensei em reclamar na rede, mas este é um shopping bem frequentado por pessoas que podem fazer isso, até com maior embasanento que eu (doutores, médicos, advogados, etc), por isso acredito que minha reclamação de pé rapado sem profissão daria em nada, principalmente porque vejo o comportamento homogêneo de todos os funcionários. Não vejo uma hierarquia que garanta coisa alguma de verdade. 

No fundo, talvez esse seja o motivo que tenho para me desviciar desse hábito.

terça-feira, 27 de agosto de 2024

O HOMEM DO BECO MEDONHO grátis hoje


Acredito que haja quem que ainda não conhece esta história bem bacana com três narradores diferentes e uma situação que faz você pensar e repensar: "e se fosse comigo?".

Suspense, mistério, situações indesejáveis, pessoas insuportáveis, vingança - a grande motivação de O HOMEM DO BECO MEDONHO.

Está gratuito somente hoje na Amazon.
 
Vale lembrar que, por causa do fuso-horário, minha promoção dura até por volta das três da manhã. Mas esta é uma questão incerta, portanto, é bom não deixar para s última hora. Pegue o "Medonho" e deixe-o pegar você. 

Há resenha dele no Blog do Neofito e no blog Pensamento Solto, do Luciano Otaciano. 

Pegue o "Medonho" aqui

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

MUNDO PERFEITO de graça na Amazon


Quando o amigo Marreta me deu seu PDF para ler, dizendo que se tratava de uma ficção escrita há uns vinte anos, fiquei curioso, pois tenho uma relação de amor e ódio com seu blog A MARRETA DO AZARÃO, mas hoje somos bons vizinhos, então fiquei pensando que raios de história seria bolada por aquela mente tão peculiar.
Quando terminei de ler, encorajei-o a colocar o ebook na Amazon, pois sempre pode aparecer alguém para conhecer a obra. 

Não. O autor não venderá como Stephen King nem como Paulo Coelho, mas, deixando ali, pode ser que alguém leia. Deixando-o "na gaveta" é que não lerão mesmo. Já que não paga nada, ele ainda pode faturar uns trocadinhos para comprar umas balinhas nas lojas americanas.

O que vi no livro dele é o que vejo nos livros de muitos amigos que leio: TALENTO. Conteúdo que me agradou e acho que agrada mais gente, por isso encorajo mesmo, pois tem muita coisa ruim na Amazon, então é necessário fazer um exercício para que se multipliquem as boas tramas.

Com muita alegria, o ebook dele estreou hoje na Amazon.

"Mundo Perfeito" sinaliza lá com 132 páginas. Ah, Ah, Ah! Eu confesso que nem sabia que tinha lido tudo isso, pois no PDF deu menos, mas que bom. Estamos diante de um romancista ou novelista? Como saber os termos acadêmicos hoje em dia? 

O importante é que ele estará disponível de graça amanhã. Então, você que tem seu leitor digital e gosta de uma promoção do ebook gratuito pode clicar aqui amanhã e garantir sua distopia - sim, é uma distopia de fazer o tal do Phillip K. Dick introduzir o cabo do rodo no próprio olho da goiaba, e sim, eu acho que exagerei, pois, do K. Dick, só conheço "Labirinto da Morte", mas é bom brincar com essa ilusão.

O que eu achei do livro do Marreta

Tem uma mulher que enche a borseta. Não é a Julieta da música que a SUNO AI fez pra mim, mas ela guarda sua borseta na mala do cara que é um traficante de livros e está fugindo para não ser pego.

Onde está a distopia nisso? 

Trata-se de uma nova Terra. Isso mesmo! Um mundo totalmente remodelado em um futuro, sei lá, uns duzentos anos além de hoje. No livro há a data correta, é que não me lembro agora, mas é algo por aí. Daí o nome ser "Mundo Perfeito". 

Adamastor é considero a escória, aquilo que aquele mundo precisa abolir para continuar perfeito. Ele conheceu o mundo anterior, viveu nele e explica a alguém como se originou essa Terra Remodelada. A gente vai entendendo o motivo, o propósito e de que maneira fizeram o mundo perfeito vir à tona, tornar-se tão real a ponto de a sociedade atual não crer, sequer conseguir imaginar o comportamento habitual corrompido e distorcido naturalizado na população de antigamente. 

Confesso (e já alerto) que o começo foi um tanto monótono, só que ele é necessário. Portanto, esqueça o dinamismo e insista, pois valerá a pena à medida que avançará sua leitura.

Quando o livro já está bom?

Como falei, é aos poucos que a trama vai melhorando, mas, do hotel em diante, tudo vai ficando interessante - deve ser porque Adamastor precisava colocar a borseta de Tânia na mala. Muita coisa vai sendo revelada para nós. Só que não - Adamastor não tem nenhum papo-cabeça com Tânia. Ela aparece unicamente para guardar a borseta. As revelações vêm à tona na companhia de outra pessoa, em outro tipo de situação.

Adorei o final. Fiquem tranquilos porque não expus a trama em si. Tudo que falei é o basiquinho, a camada mais superficial da coisa toda.

Se qusierem ouvir a música da Julieta da borseta, é só clicar aqui

Para adquirir seu ebook gratuito de "Mundo Perfeito", a partir de amanhã, clique aqui. Se está com pressa, clique agora e pague a fortuna abusiva, extorsiva e sanguinária de cinco reais.

Marreta atua na área da educação, está mais que satisfeito nela, tem uma vida confortável, escreve por paixão e hobby. Eu o convenci a ir para a Amazon por mera curiosidade. Acho a escrita dele muito boa, quero ver como se sai lá.

O deslumbrado - IA para os sem talento


Eduardo, gostaria de saber qual o problema de se deslumbrar. Se você não depende de outros para limpar suas sujeiras, por que não tornar a vida um tanto menos chata e pesada? 

"IA para sem talentos", meu querido, você apoia essa frase do autor e talvez nunca reparou que hoje em dia ninguém  mais produz desenhos 2D nos moldes de antigamente. Agora tudo é muito "estio animação Pixar". 

Ninguém mais pinta retratos de gente em tela, desde a popularização da Kodak.

Sabe, Eduardo, menosprezar uma classe de pessoas, apenas porque elas gostam de algo que você não gosta, não é  legal.

Para uma pessoa com um grande amargor e peso na vida, essas brincadeiras possuem efeitos mais benéficos que 1 ou 2 anos de psicanálise. 

Viva e deixe viver, meu caro.

Sou tão deslumbrado por essas coisas quanto você é por uma cueca alheia. 

Você precisa conhecer mais das pessoas antes de ficar achando o que elas são e antes de tachar conjecturas sobre talentos. Isso se chama bom senso. Ah, quem escreveu sobre talentos foi o autor. Eu sei.

No lugar de ficar conversando com a gente pela Internet usando alta tecnologia, já que gosta tanto das  antigas, sugiro que converse com os vizinhos no portão e esqueça este mundo "inteligente". Essas tecnologias aqui são para pessoas sem talentos, deslumbradas.

Não fique com raiva de mim, Eduardo. Você me mencionou e o que escreveu me envolvendo me fez refletir. Espero que reflita também. 

Um abraço. 

terça-feira, 20 de agosto de 2024

DESVICIAÇÃO


Estou sentado, neste exato momento, terça-feira, 19h17, em uma das poltronas confortáveis do RibeirãoShopping. Perdi as contas de quantas vezes vim ao longo deste ano, porque tem feito parte de um hábito pós-caminhada.
 
Meu trajeto acaba em um local no centro da cidade, onde passam ônibus pra cá. E aqui passam ônibus que me levam direto à minha casa, sem precisar retornar ao centro. 

O hábito de caminhar está cessando aos poucos. Antes, caminhava cerca de 10km, trajeto de ida e volta entre onde moro e o centro. Logo vi que precisava mudar isso, pois chegava morto em casa. A caminhada deve servir para dar disposição, e não para deixar exausto. De que adianta fazer caminhada e em casa não aguentar me levantar nem para tomar um copo d'água?

Passei a fazer apenas metade do percurso - ir até o centro. Para voltar, o ônibus. Aproximadamente 5km. Tá bom. Melhor que nada. No centro, descobri esses ônibus que me levam a qualquer lugar onde eu queira. Por que não? Assim foi durante um bom tempo. 

Meus joelhos vêm apresentando barulho de areia quando me sento. Algumas vezes, após caminhar o trajeto, sinto minha perna inteira doer e percebo a rótula do joelho pesada. A esquerda. É só com a perna esquerda. Será devido ao fato de ser canhoto? 

Olho. Ela não está inchada. Minhas pernas são lindas. Se eu fosse um cachorro, ou melhor, se existisse uma versão canina de mim, treparia nestas pernas. O Fabiano humano que lute! Voltando ao foco, descobri que esse barulho de areia no joelho pode ser desgaste. De acordo com o que pesquisei em vários locais, isso é um sinal de atenção para algo considerado irreversível: artrose. Como não é meu desejo desencadear isso, estou trabalhando minha mente para acabar com essas caminhadas. 

Eu me acostumei a andar, sentir o vento no rosto, olhar as calçadas, o povo feio, o povo bonito, as lojas, vitrines, mendigos, cocô de passarinho, a descansar na poltrona confortável de um shopping, a passear pelo interior dele (que não é pequeno - outra caminhada), a comprar sempre alguma coisa no hipermercado integrado, ou nas lojas americanas, ou tomar um sorvete baratinho no Méqui, ou café, ou comer uns salgados. Não sei como ficarão esses detalhes. Sei que terei de abolir a caminhada como está, se eu quiser continuar andando sem problemas. 

Percebo que a diferença entre hábito e vício, em algumas circunstâncias, tem a ver com o impacto resultante. Ninguém considera vício a repetição costumeira de atos considerados saudáveis, mas ninguém gosta de atribuir a palavra hábito ao chocolate (ou doce, café, leite) que a gente tem mania de degustar antes de dormir, enquanto vemos filme ou qualquer coisa na TV. 

Você corre? Limpa a casa? Prefere vegetais à massa, carne e gordura? Então você tem hábitos. Você fica demais no celular? Você fuma? Bebe? Relaxa e goza (com ou sem alguém)? Então você tem vícios, meu amigo - e logo ouvirá por aí que precisará tratá-los. 

Estou em processo de desviciação - ou, caso prefira: mudança de hábitos. E coloquei no plural porque contarei mais numa outra postagem. 

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

É Pólen Para Eles - os brutos também amam e fazem poesia

"Meus Inúteis Amuletos e Chamarizes" é a poesia do dia postada no blog A MARRETA DO AZARÃO, porque na vida às vezes somos pedra, outrora vidraça, às vezes predadores, outrora a caça, às vezes colossais, outrora frágeis sentimentais.

Achei o texto bem legal e resolvi fazer dele uma música. Bateu aquela curiosidade em querer saber como ficaria se fosse musicado. Dentre as opções que a plataforma SUNO AI me entregou, os resultados, digamos, bons de compartilhar são:



Curioso em saber que outra versão poderia obter, repeti o processo e esperei. Desta vez, em vez de colocar o ritmo "metal rock", que tem minha preferÊncia, cliquei na sugestão apontada como "soft rock". 

"O que será que vai sair disso", só pensei.

Ora pois! Não é que estive a me surpreender com os versos do Azarão cantarolados por um gajo em Portugal? Seria ele um representante fidedigno dos Manoéis ou Joaquins daquele nobre país?

Funcionaram tais palavras em seu âmago, de certo porque sabes como é fixe a copada imperial, tanto que prestou-se a mostrar sua versão:


E não é que Manoel Joaquim empolgou-se pelos canecos imperiais a influenciar-lhe o raciocínio, de modo que utilizou-se da banda Pato És Tu (paródia de Pato Fu) para dar um upgrade na poesia do nosso ilustre poéta bocão de ceva? O resultado fixe de Manoel na banda Pato És Tu você confere no link:


Infelizmente meus créditos acabaram. Terei de completar a versão do Pato És Fu amanhã, quando obterei mais. Daí envio ao autor da obra o áudio completo. Na verdade, só faltou um último acorde. O que importa é a diversão, meu caros! A vida é um pouco interessante quando a enxergamos com um pouco de poesia.

A poesia origianl você conhece clicando aqui

"Mas é pólen para deles"

domingo, 11 de agosto de 2024

Coisas legais que de repente não são tão legais

De vez em quando, eu fazia umas coisas aleatoriamente, não buscando sentido nem nada. Era apenas o fazer pelo fazer - claro que procurando colocar bem feito, mas sem neuroses de muito sacrifício nem procurando dar maiores explicações. 

Essas duas tirinhas são bons exemplos disso. Feitas há mais de dez anos, publico agora porque o assunto ficou atual. 

Sempre achei legal ver o avião no céu. Mas acidentes com ele me deixam mal. "Ah, é um transporte seguro", dizem tanto. Um transporte seguro que quando acontece alguma coisa é tchau, tchau, Juvenal. Você não tem como escapar. E acidentes acontecem porque formou gelo, encontrou um passarinho, coisas idiotas demais que fazem o passamento de dezenas de pessoas. Em casos assim, companhia aérea costuma fugir das responsabilidades o quanto é possível no que se refere às indenizações. A justiça é esquisita porque tem mais com que se preocupar. E a picanha? E a picanha?




Já está circulando pela Internet o trailer do novo filme da Branca de Neve estrelado por uma atriz que deve ser muito boa, mas por algum motivo não me agradou, talvez por não ter as feições ultradelicadas, rechonchudas e dóceis da bela do clásico de Walt Disney. Sei que o original não é da Disney, mas é graças a ele que todos se lembram desse clássico. Também, isto não é nenhum mi-mi-mi, apenas um pensamento qualquer que (espero) não tome proporção maior do que deve, pois já vi "N" filmes dessa historinha e nenhum deles passou perto do desenho clássico disnenyano - e tudo bem! 

A versão que tenho um pouco de carinho é a da Branca de Neve e os Três Patetas, pois era uma época em que passavam Os Três Patetas, Jerry Lewis, Jeanie É Um Gênio e Os Chips - coisas de memória afetiva. Pasmem! Existe uma página na Wikipedia sobre esse filme, produção de 1961, pela Fox, com destaque para Carol Heiss (patinadora olímpica que conquisrtou medalha de ouro em 1960 e prata em 1956) como Brancsa de Neve e para Patricia Medina, conhecida pelos filmes "O Fantasma Da Rua Morgue" (1954) e Sr. Arkadin (1955), ou seja, ninguém que conhecemos está vivo e lúcido para contar alguma coisa a respeito.

Segundo palavras de quem colocou lá na Wikipedia:
"Apesar do investimento significativo, Snow White and the Three Stooges foi mal nas bilheterias. O único longa-metragem dos Três Patetas dos anos 1960 filmado em cores, também se tornou o menos popular. Os críticos não gostaram do filme, citando a falta de tempo na tela para o trio, bem como a falta de sua comédia pastelão característica. O estúdio não conseguiu recuperar os custos do filme porque a comédia-fantasia era voltada especificamente para crianças, que pagavam apenas meia-entrada do ingresso. O próprio Moe Howard costumava se referir ao filme como "um erro Technicolor".

O filme, no entanto, foi indicado ao prêmio Writers Guild of America de Melhor Roteiro Musical de 1961."

Tá explicado porque eu tenho memória afetiva pelo filme. Se os crítios dizem que é uma bosta, eu tendo a achar muito bom e vice-versa. Eu me emociono até hoje com Titanic, aquele desespero de ver o povo naquela tragédia, o barco inclinando... Eu vi aquilo no cinema, sala lotadaça, espremido em meio a um mar de gente no chão. A sensação era de ser um espírito no meio daquele povo, acompanhando a agonia de todo mundo.

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Sonegação olímpica legalizada com successo

"Era uma vez um gato xadrez que caga na boca e diz que não fez. 
E a picanha?"

Sugestão de trilha sonora enquanto lê


Há alguns dias, o pessoal do umbral político fez todo um movimento expressando o absurdo que era taxar os valores dos prêmios dos atletas destas Olimpíadas. Acontece que não é nada disso: trata-se de um tributo já previsto, totalmente constitucional, pois toda pessoa que recebe uma renda superior a determinado valor (reajustado anualmente) deve levar a mordida do leão. Mas supondo que não se tratasse disso e, sim, de uma taxa a mais, também não é inconstitucional, vez que na temporada anterior, em Tóquio, foi feito a mesma coisa e nessa época o umbral não ecoou seus gritos de horror.

Entretanto, o estimado presidente Lula caiu no golpe carnicento, pois, apesar de vir fazendo um ótimo governo, como todo ser humano, ele vem cometendo certas gafes devido ao estresse do trabalho. Pra ficar "bonito na fita", tamanho agigantado tornou-se o escândalo, sancionou uma medida provisória isentando os atletas de suas contribuições - o que eu considero péssimo.

Essa medida não teve razão de ser, vez que esse dinheiro arrecadado poderia ir para a pasta dos esportes, até mesmo para algum tipo de fundo de investimento em benefício aos atletas olímpicos, visando as próximas Olimpíadas. O problema era o valor da tributação? Poder-se-ia resolver facilmente, diminuindo-o. Aliás, essa própria medida provisória poderia estipular essa diminuição (drástica que fosse), em vez da isenção. 

Cada vez que vejo o cenário político, mais vejo a necessidade de despolarizar esse radicalismo que está acostumado e agora quer se enraizar de vez na Internet para corroer a mentalidade das pessoas. Olhar com bom senso, com equilíbrio, ninguém quer. 

Algumas empresas multinacionais superpoderosas estão até hoje sonegando algum imposto. Agora os atletas também - e legalmente! 

Coitadinhos. O que é que tem? 

E assim caminha nossa humanidade. Aplauda o que você considera uma grande façanha. Pode aplaudir. E não me venham falar em Bolsonaro. Tranquei o ímpio num calabouço e joguei a chave fora! Não cabe usar Bolsonaro a isto (de preferência, a coisa nenhuma daqui pra frente, vez que o atual governo se gaba de ter superado o que o anterior deixou), pois dois errados não fazem um certo.

"De acordo com o COB, nas Olimpíadas de Paris, os medalhistas de ouro, em modalidades individuais recebem R$ 350 mil, os atletas prata ganham R$ 210 mil e quem leva bronze, recebe R$ 140 mil. Para as modalidades em grupo, quem conquista o ouro recebe R$ 700 mil, a prata R$ 420 mil e o bronze R$ 280 mil." - Trecho da matéria no site Agência Brasil.

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-08/premios-em-dinheiro-para-atletas-olimpicos-nao-serao-tributados

O choro é livre e o povo adora tomar gostoso no toba.

domingo, 4 de agosto de 2024

Bar do Sô Gusto

Vi no blog do Eduardo o relato de uma traquinagem que ele fez na infância. Ao citar o envolvimento de uma vendinha (daquelas que tinham de tudo um pouco, verdadeiras mercearias), fui tomado pela gostosa nostalgia da minha época de infància, da vendinha que existia nela e de uma coisa parecida que fiz. Eh, Eh!

Eu tinha entre cinco e seis anos, eu acho (mais certo que seis), e a vendinha mais próxima era a do Sô Gusto (Seu Augusto, mas a pronúncia era essa).

Nada mais era do que um bar grande e tão abarrotado de variados itens, que mal conseguíamos transitar. Meu pai sempre comprava coisas lá. Por ele sempre ter sido o tal homem de família trabalhador, comprava pela caderneta. Eh, Eh!

Era comum ele ir comigo e minha irmã e acabar comprando alguns mimos pra gente (paçoquinhas, balas, suspiros, teta de nega, queijadinha...). Claro que não comprava tudo isso. Era uma coisa ou outra. Com o passar do tempo, eu e irmã íamos sem precisar dele e comprávamos nossas guloseimas. Já estava tudo acertado entre meu pai e o Sô Gusto. Ele anotava e depois meu pai passava lá, pra saber melhor (e acabava comprando algo mais). A gente se perdia entre os Mini-Chicletes coloridos, dipiliques, chicletes Pingue-Pong, Ploc com figurinhas do Tom & Jerry, Ploc Monster, chocolates do Fofão (puro hidrogenado da Dizzioli), guarda-chuvinhas, etc, etc e etc. rsrs...

Naquela época, eu já gostava de papel e caneta, de rabiscar, desenhar... Então, vez ou outra, me tapeando bastante, meu pai "tirava" um caderno no bar do Sô Gusto. Eu sempre ia junto, sempre insistindo, querendo, olhando grande para a área dos cadernos, como se eles fossem barras de ouro - e eu, um dos bandidos de La Casa de Papel. Eh, Eh!

Mas o meu pai, tadinho, ele "tirava" sempre os caderninhos mais fininhos, mais basiquinhos, com aquela capinha mole, xoxa e nada atrativa. Acho que mal passavam das quarenta páginas. Eh, Eh!

Percebendo que eu e minha irmã tínhamos ganhado a confiança do homem, um belo dia eu fui lá sozinho, super tranquilo, maior psicopata mirim (zoeira) e falei pro Sô Gusto, que meu pai tinha deixado eu pegar um caderno. Ele até já sabia que caderno que era, então foi direto nos mirradinhos. Eu falei que não era aquele, que ele tinha deixado eu pegar outro. 

- Esse aqui? - ele mostrou um outro, até melhorzinho, mas eu balançava a cabeça: "hã-hã".

- Esse?

- Hã-hã.

- Então, qual que é?

Eu apontei o dedo. Ele apanhou o caderno, me deu uma olhada bem diferente, tipo: "Ah, seu malandrinho..." e abriu um sorrisão de um segundo. Só hoje eu dimensiono que o sorriso era porque o caderno custava bem mais, pois era do mesmo tamanho que os outros, só que bem grosso e tinha uma capa mais resistente de papel-cartão com estampa abstrata em preto de laranja, lombada em espiral.

Fiquei feliz da vida com o caderno em casa. Quando meu pai chegou do trampo e se sitou... 

G-ZUIS!

Eram anos oitenta - um padrão de rotina e de criação muito diferente em relação aos dias atuais. Hoje em dia, as crianças são verdadeiros reizinhos, comparando com aquela época onde muita coisa era tida como normal. Bater era visto como educar, então era a coisa mais normal do mundo levar un safanões, apanhar em sílabas, de havaianas, de cinto. Bastava um simples olhar pra gelar a nossa alma. Ah, Ah! 

Eu não apanhei nesse dia. Em compensação, o que eu ouvi me doeu tanto quanto. Minha mãe já vinha me botando pânico antes: "cê vai ver quando seu pai chegar, cê vai ver só...", e daí foi um escândalo tremendo, sermões que hoje nem me lembro mais, só lembro da sensação de dor, desânimo, uma vontade imensa de jogar aquele caderno fora e só ir deitar.

Nunca mais passei nem perto do bar do Sô Gusto sem estar com alguém, pois meu pai me avisou (depois) que já tinha alertado ele pra não me vender nada, nem uma balinha Ice-Kiss - na época, ela nem existia mesmo, mas já tinha a Chita.

Pra terminar, só alguns anos atrás foi que fiquei sabendo que o tal do Sô Gusto dava uns pegas na minha tia que morava ainda mais perto dele (era só dobrar a esquina). Desses pegas, veio um filho que também nunca soube que ele tinha sido seu verdadeiro pai. Suponho que veio a saber anos atrás (já com quarenta anos) por causa da herança milionária (segundo boatos) a qual teve direito. Deve ser verdade, pois o padrão de vida mudou completamente. A parentada repleta de tios e primos nunca lhe perguntou nada e o banco já me avisou que também não é da minha conta. Eh, Eh!

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

CONTO: SEGUINDO EM FRENTE

Foto do site Pexels

Marcelo estava há duas horas conversando com as vizinhas dos tempos em que sua mãe era viva, isso há cerca de sete anos - não exatos, apenas um tempo estimado, vez que julgava nunca mais colocar seus pés naquele lugar. Achava que não mais poluiria sua visão com aquelas casas simplórias cujo interior conseguia ser pior: tudo modificado em relação à planta real, adaptado no improviso do poço grandioso dos infinitos achismos. 

Olhou a casa em que morou por tantos anos, até que ele e seus irmãos deixaram-na apenas para a mãe já viúva, mas nunca saíram de perto dela, pois moravam logo ali. Lembrou-se de quando era criança, da rua que era de terra, esburacada, da calçada constituída apenas pela elevação do território gramado. De muitas casas que nem existiam - eram apenas mato. Do veículo top da época: o cavalo!

Tudo lembrava o passado - a infância, a adolescência, a vida adulta e a sua consciência já madura lhe lembrando de seus cabelos e barbas grisalhos, e que deveria se afastar daquele lugar, para o seu próprio bem.

Assim que a amada mãe fechou os olhos, ele falou "amém" a essa linha de raciocínio. 

Os irmãos não o procuraram. Não após ver o casebre aonde anunciou (em uma rede social) morar. Não após ver as mesmas roupas velhas e tortas de sempre, os chinelos básicos, o arroz com feijão de todo dia sendo postado vez ou outra para se mostrar grato a Deus por ter aquela comida naquele dia.

Durante aqueles sete anos de solitude, foi capaz de ouvir no pensamento a voz de um deles:

- Não entendo porque deixar uma casa tão boa onde viveu a vida toda e conhece todo mundo, para se enfiar "nisso daí". Meu irmão não tem jeito mesmo. Quero nem saber se tem algum perrengue. Já bastam os meus problemas.

Após aquele tempo de conversa, os assuntos com as vizinhas foram se acabando e ele mesmo foi se cansando. Uma delas se ofereceu para chamar o Uber, mas ele alegou preferir pegar o ônibus, pois parava em frente à sua casa. 

- Você tá naquela casa, ainda? - perguntou a vizinha mais falante e carismática.

- Uma hora dessas, a gente combina alguma coisa lá, pra vocês conhecerem pessoalmente o lugar.

Trocaram meios de contato pelo celular - pois é assim que se encontram as pessoas atualmente, pelos aplicativos de celular - e se despediram com alegria naquela promessa básica de se virem novamente  em breve.

Após muito andar, passando por vários pontos de ônibus e não parando em nenhum, vendo-se bem longe dos arredores de onde viveu com sua amada mãe, Marcelo chegou a uma avenida e parou em frente a um estabelecimento comercial conhecido. Então apanhou o celular, abriu um aplicativo e chamou seu motorista particular.

Já durante o trajeto para o apartamento localizado no ponto mais rico da cidade, em meio à conversa com o motorista, onde contava como foram aquela horas com as amigas adoráveis de sua saudosa mãe, eis que ouviu da boca dele a pergunta:

- Por que não chama elas para conhecer o duplex? 

Marcelo não hesitou nenhum segundo ao responder:

- Demorei tanto pra conseguir sair daquele lugar... E ninguém nunca se importou em saber como venho me virando. Nada além de mera curiosidade. Quero não, meu querido! Quero não! Sabe quando voltarei a ver essas vizinhas de novo? Nunca. 

O motorista deu uma breve risada ao dizer:

- Olha! Nunca diga "nunca". Aprendi com a minha mãe.

- Pois é! Depois de sete anos, olha eu visitando esse povo. Nem eu imaginava.

- O que o patrão quer que eu faça, assim que chegarmos lá?

- Prepare a mamadeira, que logo tem Netflix!

O motorista sentiu uma certa animação enquanto avançava com o sedan já bem próximo ao duplex de Marcelo.