"A Menina e a Praça" é o segundo livro que li do autor. O primeiro livro e como cheguei a ele, você confere neste link
Se a estória anterior me surpreendeu e me causou certo envolvimento a ponto de querer esbofetear a protagonista que ferrou com a vida de todo mundo, o que li agora é completamente diferente, mas tão diferente que nem sei porque alguém me passaria uma coisa assim para ser lida. Só poderia mesmo ter sido alguém que não teve o menor contato com minha pessoa antes. Lembrando que isto não é uma reclamação, pois fui eu que pedi os livros.
A trama começa com uma jovem indo passar um tempo na casa da vovó que tinha um mercadinho para tocar a vida, vez que a cidade era um ovinho e a mãe dessa moça tinha ido morar em outra cidade, ainda grávida, para criá-la longe dali, pois ela é a filha não assumida do atual prefeito.
Estava na cara que ela não foi pra lá apenas pra ajudar a vovó.
Laura é o nome da jovem e, sem querer querendo, chamou a atenção logo que chegou, pois só havia o mercadinho da avó e a praça, ao atravessar a rua, para ela ficar. Tudo acontece nessa praça, tanto que o autor retrata a praça como um personagem que sempre cumprimenta Laura. Achei fofo.
Ela logo faz amizade com jovens mais novos. O autor trabalha as algumas características de cada um. Cheguei a me lembrar daquele filme "O Clube dos Cinco", só que logo percebi não ter nada a ver. A problemática acontece e se resolve logo, de forma super dócil, sem neurose, sem brigas, sem desgastes emocionais.
Fiquei com a impressão de que a estória fosse, na verdade, um grande livro didático ideal para os pequenos na escola já irem aprendendo a respeitar os coleguinhas, pois eu creio que na verdade seja essa a melhor forma de se aproveitar esse conteúdo: inserindo-o nas escolas do país inteiro, pois acredito que a leitura possa interessar aos jovenzinhos. A linguagem é simples, de fácil assimilação e promove o convívio com jovens diferentes. Não há gatilhos nem nada que seja considerado inapropriado.
Sobre a questão de ela ser filha do prefeito, tudo amenizado ao máximo. É o ponto de auge da estória.
Ele tem, sim, uma e outra questão delicada que soube ser tratada de maneira exemplar, além das demais que falei sobre os jovens e suas especificidades. Não tem nada de escandaloso, nada que dê margem a falatórios e tretas, nada tratado em outras camadas. Fica tudo muito no raso mesmo, mas é bom para os jovens acostumados ao gibi, mas que estão começando a se interessar pelos livros só de letrinhas.
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Um abraço.
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